sexta-feira, 8 de junho de 2007

The Dead !

Tudo morre. Com exceção de poucas entidades que parecem extender sua existência à eternidade, como emails corrente em prol de uma garota nigeriana com tumor cerebral ou a Dercy Gonçalves, tudo que existe nesse planeta um dia diz "ah, cansei. fodam-se todos vocês.", sofre uma falência múltipla de órgãos, e bate as botas.Pessoas morrem quando carros tentam ocupar o mesmo espaço em que elas se encontram. Relacionamentos morrem quando você introduz partes do seu corpo em outros corpos que conhecem sua namorada e contam tudo pra ela (apesar de terem jurado que não fariam isso, malditas). Tamagotchis morrem, embora voltem à vida facilmente por meio de uma espetada de clipe de papel no botão reset. (O que morreu de vez, no entanto, é o motivo que levava alguém a comprar aquelas merdas). Palms morrem também, e como viúvo de um Tungsten E2, eu sei melhor que ninguém. Até videogames morrem - um dos meus PS2s bateu as botas faz pouco tempo, aliás. Felizmente sou um playboy mimado e possuo dois videogames, então o luto pelo console falecido durou pouco tempo. Bastou tirar o GTA de dentro do primeiro, colocar dentro do segundo, e pronto.A morte envolve a nossa breve existência assim como os Tupperwares de mamãe envolviam bolos de fubá que eu levava pra escola pra comer no recreio (ou na aula de Redação, o que me rendia maravilhosas visitas à coordenação após um dos pedaços de bolo decolar e atingir um amiguinho no meio do olho). Mas apesar de que o toque da morte é algo tão presente ao nosso redor, por algum motivo que nem John Smith poderia decifrar nós sempre pensamos que "nunca vai acontecer com a gente". Mas acontece. E sempre acontece em momentos inoportunos, e a nossa reação nessa hora é equivalente a que você teria se eu apertasse a campainha da sua casa e, ao me atender, eu jogasse um balde de ácido clorídrico na sua cara, dissesse que o Dumbledore morre na página 675 e saísse correndo. Você, que ainda não leu o livro porque o Submarino atrasou a entrega, sofreria a dor de mil mortes.O motivo pelo qual parei de brincar com meu palm pra escrever este texto tão melancólico a respeito da morte é que um habitante da residência Nobre faleceu durante esta madrugada.

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